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quinta-feira, julho 07, 2016

I miss you too (and now?...)



Transpiração. Nada de exsudação ou simples transpirar… transpiração! Exalado lentamente, dito; como se uma ordem fosse (ouve), como se quisesse senti-la, cheirá-la, saborear cada salgada gotícula dos seus poros. Um gosto que se misturava, desaparecia e voltava a intensificar-se a todo um novo centímetro do seu corpo. Ela encostava-se contra cada uma das paredes do duche, rodando o seu corpo e arqueava-se, para que nenhum ângulo fosse omitido, toda a sua sensualidade fosse retida na mente dele e reservada em cada uma das mais apaixonadas memórias a que se pudesse permitir.

Transpira...

(continua...)

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Longe e Perto



Longe e Perto

Lá longe...
Há um som, a voz que se extingue
Relembro, sem ter o teu toque
Esse momento sublime...

Filigranas de pequenos prazeres
Na minha memória se imprime
Em doces lembranças te atreves
Teus dedos meus lábios comprime

Presença matéria incompleta
Este sonho cálido e forte
Dessa miragem desinquieta
Onde encontro e perco o norte

Sentir pulsar o meu sangue
A tremer pelo fôlego me vou
provocando o mais íntimo prazer
Teu coração meu alcançou

Se não há nada que exista
porquê pensar então
se o bom que aí acontece
Poderá... perder a razão!?

Sem ilusões, sentimentos louvas
É bom saber estar... sonhar
Deita tua cabeça no meu peito
E fica, enquanto quiseres estar...

Aquela verdade persigo
Um sentimento apaziguador
Estendendo minha mão te digo
Ofereço-te O melhor refúgio...
Meu amor!

(c) JdM 10AGO2010

segunda-feira, dezembro 10, 2012

Para ti!


Há versos lindos com palavras perenes
em poiso levante de guardiã tu consegues
No lábio que se fecha para um beijo curto
no olhar que define este meu surto
Cravo e quero dar-te o bem da verdade
Mostrar-te o fogo do amor que ainda arde
Neste meu peito que por ti anseia tanto
Onde teu rosto apaziguará teu pranto
Relíquia de meu Ser espera para ver
a loucura que concreta prometo tecer
Nesses teus lábios docemente descer
Nesse teu corpo sentir-me efervescer 
Nada haverá que por fim guarde
Nem sonho que recorrente se atarde
Porque mais linda que esta prosa, flor
Será unir dois corpos, fogosa, esplendor.

JdMDez2012


sábado, agosto 25, 2012

Neurónios dispensáveis (?!?)



Por que ébrio me tomo?

Por entre os dedos escapava a sobriedade
Como finos grãos de areia
Só que o tempo não passava
Nem de ti me esquecia
A cada gole lembrava
Tudo aquilo que não queria
O sonho, a realidade perdida
Dose após dose, bem-medida
Nada limpava a ferida.
Se a dor se intensifica
Se o frio parece gelo
e o calor por parecê-lo
Tão quente se torna ainda
Em que raio de paradoxo me via
Quando o queria não era o que sentia
Pedia frio, mas sem me sentir gelar
Uma brisa de calor húmido
Por esta janela adentro pudesse entrar
E a dor profunda apaziguar.
Manter-te na memória ou deixar-te desfazer
Quantos copos serão precisos
Quantos goles terão de ser?

JdM AGO2012

sexta-feira, maio 18, 2012

O que queria puder poder



Pudesse eu...


Pudesse eu olhar-te
Embater em teus olhos de mel
Por um momento encontrar-te
Salvar-te de inquietações
Desse teu dia de fel

Pudesse eu tocar-te 
Atirar-te um beijo doce
enroscar-te, em calmaria
Por um momento que fosse
Melhoraria teu dia

Pudesse eu dizer-te adoro-te
Que nos teus olhos melhoro
Das frases que a troco invento
Enquanto teu sorriso revejo
Por ti cresce o desejo
Porquanto por ti me tento

Pudesse eu contar-te em detalhe
As vezes que em ti pensei
Do quanto em vão tentei
Que no próximo momento não falhe
Ter aquilo com que sonhei

Pudesse eu olhar-te, tocar-te
Segredar-te vociferando
Dizer o quanto te amo

E nesse aclamar de emoções
Nesse momento solene
Rasgando passado e futuro
Nessa única linha perene
Te adoro, te amo, te juro!

Pudesse eu ter-te...

(c) JdM 18MAI2012mp


sexta-feira, dezembro 30, 2011

Dores de alma II



Que faço eu aqui?

...Certo que estou aqui por ti
e só para ti
Mas, cada vez que dou conta
e vejo o tempo passar
as horas transformam-se em dias
e os dias em penosas eternidades

Que faço eu a tanto amor?...

Não consigo esquecer-te
Não quero esquecer-te!
Desejo-te a cada momento
e sonho-te vezes sem conta

Que faço eu, amor?... Que hei-de eu fazer?...

Consumo-me em viscerais dores de alma
Numa esperança estrangulada por te não ver
Por não te ouvir
Por não te sentir
Por não te (poder) ter...

Dói...

Fecho os meus olhos cansados
E pé-ante-pé vou ter contigo à cama
Abre-se a minha mente insana
A sonhos outrora domados

Caminho
Arrebatando esses desejos bravios
Ter-te assim pela manhã
Amar-te enquanto o sol nasce
Num regaço de imaculada luz
Saindo do frio da noite
Para onde o calor nos conduz

Entre superior e submisso
Entrego-me à luxúria do nosso amor
Ao sublime toque dos nossos corpos nus
Beijando tua pele branca e macia
E em êxtase, como por pura magia
Sinto o teu cheiro e a tua pele na minha
Minhas mãos teus poros suados acaricia

Ao ritmo da pulsação
Conjugo amar eternamente
E sendo eterno o presente
Onde és minha dona e senhora
Aqui e agora.... consente
Sê minha doce rainha
Minha mulher pecadora.

Assim me Agarro! Assim te Fixo! Assim te Quero!

É que, eu... não sei viver sem ti
Porque sem ti desespero

jdm Agosto 2010
+ Dezembro 2011


terça-feira, novembro 29, 2011

Para a minha Musa


Que tamanho tem uma paixão?
Assim, ardente
Num sonho que se esquiva
Num amar eternamente

Porque nesta alma também
Se cumpre amargos caminhos
Até juntar o teu sorriso
E todos os teus carinhos

Logo o sonho se renova
Onde sou, serei e terei
Na mais doce das emoções
Nunca mais me perderei

Assim só me oriento
Sem dúvidas ou inquietações
Minha bússola será sempre
Nossos fiéis corações

JDM 29NOV2011

terça-feira, novembro 01, 2011

Lençóis de Cetim II


LENÇÓIS DE CETIM - II

PRÓLOGO
Pensar em ti passou a ser o meu passatempo preferido. Sonhava estar contigo nos meus lençóis de cetim, onde sempre gostei de sentir o misto do frio e a estática que o tecido passava ao corpo. Havia momentos em que esperava o escuro da noite cair sobre o meu desejo e imaginava-te ao meu lado, juntos, emaranhados naquele cinzento prata que me electrizava a pele e me apurava os sentidos. Talvez fosse uma droga. Um desejo de libertação de adrenalina que me levava a um corrupio de sensações. Aquelas mesmas que tinha cada vez que me aproximava realmente de ti. Um sonho que tão depressa parecia materializar-se, como logo depois desaparecia entre risadas, um encolher de ombros e um desconcertante e enigmático “até logo”…


CAPÍTULO I
– Até logo. – Respondia-te, perplexo pelo beijo maternal meio de fugida e pela cabeça que rodopiava parecendo querer apanhar os teus próprios olhos, que nem por um instante se fixavam nos meus.

Saía. Dava por mim a contar as pedras da calçada e a olhar para relógio que julgava inerte. Ninguém me conseguia convencer que aqueles ponteiros efectivamente andavam... Colocava os meus auscultadores, o mp3 com a música que tanto gostávamos e brindava a minha mente com quimeras de desejo; imagens de amor, paixão e luxuria.

Misturado na multidão da cidade tropeçava frequentemente em sorrisos. O mesmo tipo de sorriso que me prendia a este mundo, era a minha panaceia e me fazia recordar da única mulher que, alguma vez, realmente amei. Aí perdia-me. Enredava-me em pensamentos tão loucos que fariam qualquer um ser internado por insanidade. Uma alienação mental que me levava para além da minha própria noção de amor, tornando-se naquela dor profunda, impossível de descrever, que nos corrói o espírito e nos apoquenta a alma. Sofria por tanto te amar e consumia-me em tentativas de interpretar todos e cada um dos teus gestos sempre que timidamente manifestava querer ter-te por companheira, mulher, amante.

As bordas de uma chávena de café substituiram por momentos os teus lábios. Quente, húmido... com aroma e sabor. Fechei os olhos e imaginei-te em toda a tua beleza; a alma que tanto admirava e o corpo que - qual deusa - me fazias ardentemente desejar...

quinta-feira, julho 07, 2011

Cumplicidade, compreensão... pura poesia

Doce Abraço Que Aquieta


Que vontade de abraçar
Assim juntinho, com paixão e carinho
Olhar-te perto, cheirar, 
Tocar, sentir, escutar
E ouvir dizer baixinho
"Estou aqui."
Responder com carinho
"Estou contigo."

Assim...

Nesse abraço forte e doce
Num toque gentil e sereno
Que cura, acalenta e dá Vida
Em todo o sentido - é pleno

Eliminamos a dor
Preenchemos qualquer vazio
E nesses corpos unidos
Se ilumina uma concepção de Céu

Um abraço apazigua a alma
Tem pura e natural magia 
Dá esperança, fortalece o amor
Tira a fome, alimenta, sacia

Mata a saudade, protege
Retempera e dá esperança
Nesse momento que se torna eterno
Vencemos qualquer mudança

Envolver-te neste abraço
Agora e para sempre eu queria
...Pois seria, meu amor
A nossa mais pura poesia!



José de Matos, 07JUL2011

sexta-feira, junho 24, 2011

Amar a quanto obrigas...


"Ele ainda nutre sentimentos por ela."
Fringe. Temporada 3. Episódio 12


Amor não é um barco de um só timoneiro. Amar tem de se sentir a dois e ser alimentado a cada momento. É um sentimento recíproco, não muito dado a ambiguidades ou inconsequências.

Quando se ama queremos estender a mão e saber que o outro está lá, e não só que pode ou poderia estar. Queremos que faça notar a sua presença, numa frase, num telefonema, num qualquer gesto. Ocasionalmente é preferível ouvir um "até amanhã" sincero, que o toque físico num sepulcral silêncio. Às vezes nem adianta sequer sonhar, porque sabemos que esse sonho acabará por nos torturar e ser o carrasco da nossa paixão. Por vezes recusamos adormecer...

O episódio Fringe de hoje fez-me pensar que quem ama pode questionar, em um dado ponto da sua vida amorosa, o que se passará na cabeça do outro. É sinistro, inquietante e chega mesmo a ser reprovável tentar entrar assim na esfera privada mais íntima - o pensamento. Mas, será assim  tão censurável, tendo em conta que apenas se deseja saber um pouco de um assunto que também nos diz respeito?

A dúvida do coração, ao contrário de outra espécie de dúvidas, corroí-nos as entranhas e enlouquece-nos. E isso é natural, porque sentimos uma parte de nós afundar-se num mar de incertezas. Pior que não saber o rumo a seguir, é perder a noção do verdadeiro Amor; aquele que se tem e aquele que pretendemos dar...

Amor é compreensão, tolerância, carinho... tudo, reciprocamente sentido. Amor é não ter medo de dizer

AMO-TE!

porque só assim as barreiras deixarão de existir, os sonhos concretizar-se-ão e os dois serão felizes e confiantes timoneiros do mesmo barco.

quinta-feira, março 24, 2011

O que tu fazes...



Fazes-me querer amar-te...
Cada vez mais te amar
Sentir-me vibrar, acelerar
Corre em mim um desejar-te
Um infinito som que diz
Vou em ti acalentar
Afagar-te no meu peito
Beijar-te, melar-te
Com carinho e a preceito

Amar-te em melodia
Dois corpos em sintonia
Como se ama uma mulher
Sentindo o sangue ferver
Tornar a beijar e conter

E nesse infinito rimar
Provocar cada momento
e em cada momento te amar
Num crescendo sentimento

Por isso te digo, me ouve
Ó minha Deusa divina
O que sai da minha prece
O que este amor destina
É mais do que parece
Pura paixão Platina
Basta querer... e acontece!

(é o chamado poema naífe... mas, ela merece! rsrsrsrs)


segunda-feira, agosto 23, 2010

Numa única melodia

Numa única melodia

Enxuga essas tuas lágrimas
Escuta-me sem chorar
sente a bondade que existe
Em todo o dom de amar

Ouve as palavras no silêncio
Expressas seja por quem for
Mesmo que te façam pensar
reflectir o que é o amor

Torna-te senhora de ti
não toques só o vazio
Há rostos na escuridão
Que também eu acaricio

A dor desaparece então
No escuro a luz revela
Um cenário outrora negro
Agora em bela aguarela

Tempo e espaço sem fim
Onde se encontra a razão
de viver cada momento
A ouvir a mesma canção

(c) JdM 21AGO2010 

quinta-feira, agosto 12, 2010

Navegando em serenidade



Em Portos de Abrigo

É bom quando não há distâncias
Óptimo aquele sussurrar querido
Bem pertinho do ouvido
Um toque que pode nem sequer se ter
mas que com certeza se sente
Em corrupios de ardentes seduções
E no fogo que nos enlouquece a alma
Sentimos o que nunca pensámos sentir
Velejamos a todo o pano
nesse mar
antes chuva miudinha
Vislumbramos o brilho da aura
Numa bela luz que ilumina
e sorrimos para a vida
como se ela quisesse
pela primeira vez
ser gentil connosco
Agradecemos cada momento
Cada palavra, cada carinho
Oh! doce e calma tranquilidade…

tkx airam

terça-feira, junho 29, 2010

Musa inspiradora... procura-se!



Sem Palavras


Não digas nada, minha amada, 
simplesmente, aproxima-te e toca meu coração 
sei, de seguida me prenderás com teu olhar... 
onde mergulharei em rios de paixão 
até (in)consciente me afogar nesse teu mar. 

Depois, no teu corpo à deriva navegarei 
numa corrente em remoinho saltarei 
como quiseres, como queiras ou não 
porque és minha deusa, meu desasossego, 
meu sonho lindo raiado de emoção. 

Não, nada digas, minha querida...
veste coisa nenhuma, usa só teu coração 
aquele mesmo que todos desejam e sempre cobiçarão 
por qual me perco, junto do teu sorriso 
e já louco, apaixonado renego o siso. 

Na verdade, vejo nascer o inevitável 
aquele amor escravo, outrora preso em tirania 
brota agora em pleno, magistral, incomensurável 
serás então meu bálsamo, minha mirra, minha alegria. 

É que, assim... alucinado, sinto meu desejo crescer
e tu vais descobrir, não é difícil sequer... 
Por isso rogo, não deixes que este louco argumente. 
A verdade é que somos só um, somos um... somente. 

(c) 28Jun2010 JdM

terça-feira, setembro 15, 2009

Baú de recordações I

Serei brisa, embrião e nascente...
Num só sentido de descoberta
na saciedade de um desejo
Conhecerei o momento e o tornarei eterno
Universal.
A Vida que existe antes, durante e depois de tudo.

(c) Julho 2007 JdM

domingo, julho 05, 2009

CONTO: Sonho de uma manhã de Verão



Sonho de Uma Manhã de Verão
.


Nu. O corpo dele estendido na cama servia de pouso aos primeiros raios de sol. De olhos ainda fechados lançou o braço para o outro lado da cama, só para encontrar um lugar vazio e já frio. Abriu a custo as pálpebras e levantou-se ainda ensonado. Cambaleando, deixou-se guiar pelo olfacto até à cozinha onde o cheiro a café e torradas enchiam o ar matinal.

Abeirou-se da porta e observou-a de costas junto à bancada: como ele, também ela nada tinha a cobrir-lhe o corpo. As suas passadas comprometiam o seu pensamento. Endireitou-se e acertou o passo. Rápido, como a sua própria urgência, encostou o seu corpo nu ao dela e cruzou-lhe os braços no baixo ventre, enquanto os lábios lhe tocaram demorada e lentamente a base da nuca. Ela tremeu. Um arrepio incontrolável, um suspiro vadio feito de surpresa e envolto em desejo. Lentamente rodou-a, sem que os seus corpos descolassem. Sentiram cada centímetro da sua pele numa apaixonada fricção. Os dois olhares encontraram-se e os seus sorrisos soltaram-se numa silenciosa gargalhada que fazia estremecer os corpos. Ela, nos bicos dos pés e sem dificuldade, desafiadora, deu-lhe um beijo rápido e seco. Ele sorriu-lhe e fechou demoradamente os olhos, inclinando para trás a cabeça. Pouco depois, sentiu os lábios dela contra o seu peito, em repetidos e pequenos beijos, e a sua língua provocando as suas zonas erógenas.

Olhou para baixo. Segurou-lhe delicadamente a cabeça entre as mãos e, carinhosamente, beijou-lhe a testa. Ela parou e trocaram cumplicidades no olhar. Lentamente, os seus lábios uniram-se. Uma, duas vezes... até as bocas se fundirem e as suas línguas se encontrarem numa húmida e confusa dança. Ele sussurrou-lhe ao ouvido: "Desejo-te." - E sugou-lhe discretamente o lóbulo.

A respiração acelerou. As mãos subiam e desciam pelos corpos, acompanhando o bailar das línguas e das cabeças que se opunham e inclinavam repetidamente. O olhar dele percorreu a cozinha e, com ligeireza, fez desaparecer a fruteira de cima da mesa. Sentou-a numa extremidade e puxou-a para si. Sentiu-a..., mas não avançou. Empurrou-lhe o corpo para trás ao mesmo tempo que lhe amparava as costas com uma mão, enquanto a ia beijando cada vez mais para baixo. Demorou-se no interior das suas coxas e os pés dela descansaram nos seus ombros. Ela arqueou as costas e pousou as mãos na sua cabeça, emaranhando os seus dedos longos e finos nos cabelos, ao mesmo tempo que o seu quadris iniciava um movimento rítmico e descoordenado com a boca que a beijava. Subitamente, lançou os braços para o lado e apertou com força a borda da mesa. O seu corpo descreveu um arco impossível e um gemido junto com um pedido ecoou, sílaba a sílaba, num forte suspiro – "Que...ro...-teee a...go...raaaa!"

Desajeitadamente, ela puxou-o em frenesim. Ele levantou-se. Uniu-lhe as pernas ao alto e aproximando-se, penetrou-a... vagarosamente. Sentiram cada momento, enquanto os seus corpos se fundiam num delicado movimento contínuo. Os braços dele abriram ao acompanhar as suas pernas. Libertou-lhe os tornozelos, descendo os dedos até junto ao seu prazer e depois subiu, torneando-lhe a cintura. Uniu os polegares perto do umbigo e puxou-a mais... e mais. Depois, deitou o seu tronco sobre o dela e fitou-a profundamente como se lhe perscrutasse a alma. Reparou como os seus olhos haviam ficado mais claros e a sua pele se tinha tornado túrgida. As suas mãos procuraram-se e os dedos entrelaçaram-se firmes e suavemente. Beijou-a enquanto a pele dos seus corpos colava e descolava do peito ao baixo ventre numa ondulante agitação. Ela lançou-lhe as mãos para as nádegas e puxou-o mais para si. Depois libertou-o... e voltou a querer mais daquele vai-e-vem.

Naquele instante tudo teria de provar a sua existência. O que era a Vida. O que era a Morte. Ali, vivia-se e morria-se a cada milésimo de segundo, a cada eternidade que experimentavam. Ali, nada mais existia. Morria-se e vivia-se, novamente. Confusos, os seus corpos explodiam num turbilhão de sensações. Arrepios, calafrios e espasmos, secundados por um grito de prazer em uníssono, quase silencioso... ... ...
Depois, enquanto os seus corações ainda batiam acelerados, ele olhou-a e murmurou carinhosamente: "Amo-te!", beijando-lhe os lábios secos e ofegantes. Ela devolveu-lhe o mesmo olhar, ainda a tentar apanhar o ritmo da respiração: "Também te amo!". E à medida que os seus sorrisos se tornavam mais rasgados, ambos articularam: "Muito!". E os seus coniventes risos coroaram o esplendor daquela manhã.

© JdM

sábado, junho 06, 2009

O Meu Caminho


Este texto foi escrito (e entregue) a uma Amiga há cerca de dois anos. Acho que ela concordará em me deixar publicar isto aqui. Porque me bateu aquela saudade... que quando é demais não cabe no peito e transborda.


Quase (nunca) sei...

Quase nunca sei porque recomeço
Questiono-me porque continuo
Se há enredos que ainda não consigo explicar
Como estes sentimentos que não param de me assolar...

Nunca sei se continuarei
Pergunto-me porque comecei de novo
Mas novamente atrevo-mo a amar
Aquele amor impossível de explicar

Mesmo sem te perceber por completo
Sem sequer te compreender totalmente
É real todo este único e raro envolvimento
Onde não existe corpo só mente

Acredito em ti e...
Vejo-te como a minha princesa do tempo
Como o meu Anjo querido
Que reinventa o meu espírito alado
Que lhe dá um novo sentido!

Depois reencontro o carinho dos teus olhos e sonho
Vejo o sorriso que me deixou apaixonado
Reflectir-se no âmago da minha alma
E vibro ao relembrar todas as palavras deste enternecedor e recente passado

Um passado que eu gostaria de ter moldado
Mas está no presente que ainda continua e
No futuro que desejo ver prolongar-se por toda a eternidade.

Sinto que “aqui” existe carinho e compreensão
Cumplicidade e confidência
Neste amor de alma e coração
Unindo a consciência e existência

Nesse momento, todos os meus sentidos explodem
É esse o resultado da omnipresença do teu ser
Onde a cada momento reencontro o Paraíso
No pensamento do teu singelo beijo, na glória do teu aconchegante sorriso...

JdM-13.07.2007

terça-feira, maio 19, 2009

Deviam ter enviado um poeta...


O título deste post transcreve a frase dita por Ellie Arroway (Jodie Foster) no filme "Contacto" – numa das mais tocantes cenas –, quando, vislumbrando as maravilhas do cosmos lhe faltam as palavras para as exprimir.

Para mim, neste momento, o cosmos não é tanto aquilo se procura, mas o que pode ser descoberto dentro de cada um de nós, ou em alguém especial.

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Hoje

Hoje voltei a reconhecer-te
aqui estás
na necessidade da escrita
na dádiva que emana da palavra
da imagem que (não) tenho de ti
do sonho que quero cumprir
da promessa que tenho guardada
à espera de te a fazer sentir

Hoje voltei a querer escrever-te
desenhar-te na minha mente
gerar-te a partir do nada
da alma brotar esculpido
na gana que me dá em dizer
do prazer que me dá em ouvir-te
articular sons sem sentido

Hoje voltei a querer-te
assim, pertinho de mim
enroscada no colo que é teu
num misto de fica e vai-te
porque não te quero prender
os braços que ora te afagam
são os mesmos que te libertam
assim basta só querer

Hoje voltei a sentir-te...

JdM 19Mai2009

segunda-feira, abril 27, 2009

Amor incondicional


Larguei o trabalho que tinha entre mãos no meu computador e, para desentorpecer, fui até à sala. A minha filha mais nova via a televisão.

Aproximei-me da cadeirinha onde estava e ela olhou-me num relance, como que assinalando a minha presença. Senti os seus braços pequeninos apertarem-me a perna com força. Afaguei-lhe a cabecita e depois baixei-me e devolvi-lhe o carinho, demoradamente...

Nesse momento o mundo parou. Os meus problemas desapareceram e renovei o meu ânimo!

Se tudo fosse assim tão simples e no entanto... tão, mas tão belo!

quarta-feira, abril 15, 2009

Sonhar... deixem-nos sonhar!

Assim como um sonho que me foge entre os dedos
Também eu lamento não ser quem quererias encontrar
Se ao menos conseguíssemos ver o que nos espera
E acreditar nesse sonho!...

Há sempre promessas que ficam por cumprir
Quem disse que o mundo é perfeito?
Dizem-se palavras cruéis sem intenção de magoar
Se fosse só esse o defeito...

(adaptação livre de Is it a Dream de Classix Nouveaux)