Outro sapo engolido

(Não, não teve nada a ver com recentes eleições, que será objecto de outro post.)

Ainda há poucos dias comentava com uma amiga (perdoa a liberdade, mas "companheira do espaço cibernautico" não me soa bem) sobre a capacidade de fazer "fretes", ou como gosto de relembrar a mim mesmo: "comer e calar"...

Este Domingo, porém, foi por uma causa nobre; Estar na companhia da minha filhotinhas valeu o esforço! Situação: Primeira Comunhão. Quem já me conhece sabe que sou agnóstico. Contudo, não sou de impor a minha ideologia (de "porta aberta", cujo significado por detrás de agnóstico já deixa antever), tal e qual como me foi ensinado. Até cheguei a ser sacristão em tempos, e só isso me daria um aval para dizer, nada melhor que "conhecer o convento para saber o que lá vai dentro".

Na segunda sessão de degustação forçada do anfíbio – à hora de almoço –, fui recambiado para o grelhador, por me recusar a comer a única das 101 maneiras de confeccionar gadus morhua, de que não gosto: Bacalhau com natas. Desculpem os fãs deste prato, mas a minha intolerância à lactose deixa-me pouco espaço de manobra. Resultado: Quando acabei por me sentar à mesa já os outros 19 convivas estavam a repetir a sobremesa. E o Molotov, desta vez, nem estava grande coisa; o que me levou a vingar-me em duas tiras(onas) de ananás au natural. ;)

Mais tarde, ao perguntar à minha filha se ela já sabia se ia continuar ou não na catequese, respondeu-me: "Ainda não sei, pai. Preciso de mais algum tempo para pensar". 9 anitos e já tão ponderada... :)

Daqui a uns dias vou propor-lhe uma conversa sobre o tema. Ela está com dúvidas e eu, com conhecimento de causa, acho que posso ajudar a esclarecê-las.