sábado, agosto 25, 2012

Neurónios dispensáveis (?!?)



Por que ébrio me tomo?

Por entre os dedos escapava a sobriedade
Como finos grãos de areia
Só que o tempo não passava
Nem de ti me esquecia
A cada gole lembrava
Tudo aquilo que não queria
O sonho, a realidade perdida
Dose após dose, bem-medida
Nada limpava a ferida.
Se a dor se intensifica
Se o frio parece gelo
e o calor por parecê-lo
Tão quente se torna ainda
Em que raio de paradoxo me via
Quando o queria não era o que sentia
Pedia frio, mas sem me sentir gelar
Uma brisa de calor húmido
Por esta janela adentro pudesse entrar
E a dor profunda apaziguar.
Manter-te na memória ou deixar-te desfazer
Quantos copos serão precisos
Quantos goles terão de ser?

JdM AGO2012

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