sexta-feira, junho 03, 2011

Há-de haver um dia


Por vezes pergunto-me o que há para viver. Vezes sem conta sai-me sempre a mesma resposta... nada que eu não tenha ouvido. Nisto, como em tudo o mais, nem é preciso reinventar. Aliás, há muito pouco realmente novo nesta existência a que resolvemos chamar vida... Há tão pouco que vale a pena, que parece que ela - a vida - passa sem darmos conta; Como quem sai de casa, fecha a porta e, depois de andar alguns quarteirões, começa a pensar se colocou mesmo a chave e a rodou na fechadura. Por tão rotineiro... nem damos por ela.

Quero cometer um crime e matar a rotina. Matá-la! Ou pelo menos dar-lhe uma sarrafada tão grande que a coloque inconsciente por momentos, ou - melhor ainda - com o desejo de repetir.

Sonhos, pensamentos que se cruzam e se misturam para me dizer que é possível, que pode ser feito, que deve ser feito. Mesmo que eu saiba que não será uma solução definitiva, pelo menos sei que será aquela que eu quero e isso basta-me. Deveria bastar-me. Não um "bastante" de conformismo feito. Recuso resignar-me a estereótipos, velhos clichés, ou voltaríamos ao mesmo. Nada disso! Apenas algo que valha a pena. Que quebre com a rotina, que seja arrojado, que faça o sangue ferver e salte para fora, para lá da prática constante do dia-a-dia.

Os hábitos existem..., até um dia. Um dia qualquer. Até àquele dia! E pode ser que esse dia seja já amanhã!

2 comentários:

Anónimo disse...

Há-de haver um dia ... quem pensa assim, tem esperança. E, a esperança, é sempre a última a morrer!

Mística

LittleHelper disse...

Pode parecer estranho, mas é o que me mantém a pulsação... ;)