segunda-feira, novembro 22, 2010

O que vem antes (d)e a seguir



Estamos a mudar, certo?! 
Olhamos da mesma maneira para os problemas? Temos as discussões padronizadas? Apoiamos as mesmas ideias? 

Acho que vivemos numa espécie de: experimenta - berra, condiciona, emite - primeiro, e depois logo se vê... Não se pensa duas vezes antes de o fazer. Aliás, acho mesmo que há muita gente que nem sequer pensa!! 

O sistema de valores está a mudar, a comunidade está a a fervilhar com a necessidade de comunicação e já não importa tanto o que se transmite mas sim a quantidade e a velocidade. No dia-a-dia, muitos de nós já o fazemos de forma subconsciente - com uma enorme carga inconsciente, estaria tentado a dizer. A influência é tão ou mais forte quando a capacidade do emissor ordenar ideias leva-o a emitir uma opinião baralhada, dependente de uma ou mais condições, sejam; sociais, políticas, de ambiente, de disposição pessoal, moral... etc., que não considerou ou analisou objectivamente.

Essa é uma situação que já existia há algum tempo, mas é agora que ela se torna pela primeira vez preocupante; esta é a era da informação e do chegar ao topo a qualquer preço. O modelo de comunicação muda a uma velocidade estonteante, ao mesmo tempo que o reconhecimento de talentos individuais diminuem. Tanto, que muitos de nós não conseguiremos acompanhar, assimilar e adaptar-nos. Não ver e recompensar um dom em detrimento de uma imagem ou idiotice, não é uma moda, é uma cruel transformação.

Subentende-se, entramos numa cultura de comunicação em que já não é o emissor que tem de se preocupar com o conceito ou propósito, mas sim o receptor que terá de ter a capacidade de filtrar, considerar e apreender o que é ou não importante. Para alguns fará confusão. Em muitos casos será desastroso.

Não sou fundamentalista e longe de mim pensar em dogmas, sejam eles sociais ou outros. Mas, assusta-me o facilitismo do "já não é preciso pensar". Empurrar a resolução de um problema para quando ele efectivamente se declarar é óptimo quando se luta contra o tempo e se sabe que as acções subsequentes não prejudicam ninguém de alguma forma ou levam a cometer outros erros. Mas quando as emoções, vidas ou necessidades básicas nossas ou de outros estão em risco...

A continuar assim, rápido mais erros serão cometidos. E se ao seu lado alguém pode sofrer, mais cedo ou mais tarde isso repercutir-se-à no próprio. Quando se der conta disso, será tarde. O erro pode ser disparar contra o próprio pé... ou em alguém que nos dá o pão. O que não deixa de ser uma impressionante metáfora.

É tão difícil assim... pensar?!

4 comentários:

Anónimo disse...

Este post é intrigante... atrevo-me a dizer que o seu conteúdo é "telenovélico".

red-woman

LittleHelper disse...

Fico com a sensação de que percebeste... ;)

Anónimo disse...

Perfeitamente... dá para perceber várias coisas!!

red-woman

LittleHelper disse...

É bom, esse sentimento de saber que há alguém que nos compreende...

:)