Interpretações
De um comentário recebido para "Verdades absolutas" e cuja resposta ficou tão grande... que achei por bem colocá-la aqui.
Comentário:
"Uma mulher inteligente nunca será esquecida...
Esta frase tem peso - valoriza a mulher inteligente, mas não tem medida (no que se refere à educação)- espezinha a mulher estúpida. Concluindo, é uma frase com um quê de provocação, chegando mesmo a ser insultuosa. A mulher estúpida pode deixar marcas tão profundas como a mulher inteligente.
A inteligente marca o homem pela sua sabedoria, pela arte de interpretação a todos os níveis e pela complexidade, enquanto que, a estúpida, marca o homem pela transmissão de alegria e simplicidade.
Se for feita uma análise profunda, a mulher inteligente nunca consegue obter a alegria da mulher estúpida.
A inteligente marca o homem pela sua sabedoria, pela arte de interpretação a todos os níveis e pela complexidade, enquanto que, a estúpida, marca o homem pela transmissão de alegria e simplicidade.
Se for feita uma análise profunda, a mulher inteligente nunca consegue obter a alegria da mulher estúpida.
Aprecio a escrita de António Lobo Antunes, já conhecia esta frase, mas acho que não é bem recebida no seio feminino."
Resposta:
Esperando não ser tão mal interpretado como o foi o Lobo Antunes...
Não vejo uma mulher estúpida dessa forma. Nem espezinho mulheres ignorantes. Muito pelo contrário.
Isto quer dizer que quando penso "estúpido" não estou a referir-me, directa e somente, a pessoa sem-instrução, porque muitos desses indivíduos são muitas vezes mais interessantes que alguém que frequentou um MBA. Refiro-me mesmo à "indelicadeza de sentimentos", ao aborrecimento desmendido; ao "interessa-me mais a novela, que conversar contigo sobre a nossa realidade"... e então o que resta?... Sexo!? Preferiria um serão de conversa com uma mulher inteligente!
No meio, surge-me uma pergunta: Defenderias da mesma forma um homem estúpido?
A mulher estúpida deixa marcas!?... provavelmente, sim; marcas de revolta, de tempo perdido, da sensação de se ter estado a falar para o boneco. E quando tentam parecer inteligentes... ui! ui! Nem vale a pena (re)lembrar.
Se uma mulher conseguir distribuir alegria e simplicidade, concerteza que não é estúpida, e estúpido seria o homem que assim a visse. Se se analisar a frase de outra forma, ela pode ser insultuosa também para "a" mulher inteligente... embora em última análise - sem os "mas", os "ses" e as devidas objectividades - eu concorde que acaba por ser mais insultuosa para quem a profere. Contudo, ficar mais rico, sob o ponto de vista cultural, humano e de carácter com uma mulher inteligente tem muito que se lhe diga. Tanto que "Ter" de a esquecê-la... é capaz de fazer-nos dizer alguns disparates. E aposto que isto também é válido se trocarmos os géneros.
"Se for feita uma análise profunda, a mulher inteligente nunca consegue obter a alegria da mulher estúpida."
É o que passo a vida a dizer, "ignorance is bliss"... e aqui se comprova que estamos a discutir adjectivos que eu considero - e são - diferentes: Estupidez e ignorância. Neste sentido, enquanto acho que um ignorante não é forçosamente um estúpido, já um estúpido é com certeza um grande ignorante. Acumula! Porque gosta ou porque quer?... Não! Porque é estúpido. Agora tenta caracterizar da mesma forma um ignorante. Será que gosta? Certamente que não. E como é fácil destingui-los; um ignorante é humilde, um estúpido é presunçoso. Mas isso digo eu, que estou sempre a aprender... E à tua afirmação, apetece-me perguntar: E porque não?!?
Aposto que todos nós - de uma forma ou de outra - já conhecemos indivíduos estúpidos. E isso revolta-nos. Se a revolta tem de ser sempre sã e delicada... é outra conversa.
Resposta:
Esperando não ser tão mal interpretado como o foi o Lobo Antunes...
Não vejo uma mulher estúpida dessa forma. Nem espezinho mulheres ignorantes. Muito pelo contrário.
Isto quer dizer que quando penso "estúpido" não estou a referir-me, directa e somente, a pessoa sem-instrução, porque muitos desses indivíduos são muitas vezes mais interessantes que alguém que frequentou um MBA. Refiro-me mesmo à "indelicadeza de sentimentos", ao aborrecimento desmendido; ao "interessa-me mais a novela, que conversar contigo sobre a nossa realidade"... e então o que resta?... Sexo!? Preferiria um serão de conversa com uma mulher inteligente!
No meio, surge-me uma pergunta: Defenderias da mesma forma um homem estúpido?
A mulher estúpida deixa marcas!?... provavelmente, sim; marcas de revolta, de tempo perdido, da sensação de se ter estado a falar para o boneco. E quando tentam parecer inteligentes... ui! ui! Nem vale a pena (re)lembrar.
Se uma mulher conseguir distribuir alegria e simplicidade, concerteza que não é estúpida, e estúpido seria o homem que assim a visse. Se se analisar a frase de outra forma, ela pode ser insultuosa também para "a" mulher inteligente... embora em última análise - sem os "mas", os "ses" e as devidas objectividades - eu concorde que acaba por ser mais insultuosa para quem a profere. Contudo, ficar mais rico, sob o ponto de vista cultural, humano e de carácter com uma mulher inteligente tem muito que se lhe diga. Tanto que "Ter" de a esquecê-la... é capaz de fazer-nos dizer alguns disparates. E aposto que isto também é válido se trocarmos os géneros.
"Se for feita uma análise profunda, a mulher inteligente nunca consegue obter a alegria da mulher estúpida."
É o que passo a vida a dizer, "ignorance is bliss"... e aqui se comprova que estamos a discutir adjectivos que eu considero - e são - diferentes: Estupidez e ignorância. Neste sentido, enquanto acho que um ignorante não é forçosamente um estúpido, já um estúpido é com certeza um grande ignorante. Acumula! Porque gosta ou porque quer?... Não! Porque é estúpido. Agora tenta caracterizar da mesma forma um ignorante. Será que gosta? Certamente que não. E como é fácil destingui-los; um ignorante é humilde, um estúpido é presunçoso. Mas isso digo eu, que estou sempre a aprender... E à tua afirmação, apetece-me perguntar: E porque não?!?
Aposto que todos nós - de uma forma ou de outra - já conhecemos indivíduos estúpidos. E isso revolta-nos. Se a revolta tem de ser sempre sã e delicada... é outra conversa.
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