Esta situação de crise financeira mundial é difícil para todos. Certo!... para uns mais do que para outros. Em muitos casos funciona como uma pescadinha de rabo na boca; Não recebemos porque outros não pagam às pessoas que nos devem, e atrasamos os nossos pagamentos porque não recebemos das pessoas que devem a esses.
Todos temos razão! A dívida é resultado de um contrato de compra e venda, é para cumprir e honrar. Mas, essa característica, por mui nobre e patente que seja, não é uma máquina de fazer dinheiro. Isto é, para honrar é necessária uma fonte de rendimento, e, já agora, que seja transparente e honesta. Sei que muitas das pessoas que me devem dinheiro têm fontes de rendimento, são empresas em laboração e particulares com empregos. Eu, pelo contrário, vejo-me há meses sem entrada de capital, inscrito em tudo o que é sítio na tentativa de obter trabalho, a responder e a deslocar-me, sempre com esperança, para as entrevistas que me chamam, mas... nicles, batatóides!
A engenharia orçamental diária do puxa-daqui, empurra-p'ra-acolá é o que tem ajudado a aguentar o barco. Isso, a mãozinha da família e as palermices que despejo para estas páginas, assim como as palavras que leio num ou noutro blog de alguns (algumas) que já considero amigos(as). Porque seria difícil aguentar de outra maneira.
Eu sei que quando tudo isto acabar e voltar ao meu normal activo, ao ver o meu trabalho a ser devidamente retribuido em notas de euro, vou-me lembrar de todas as acções. Certamente, lembrar-me-ei dos olhos da minha filha mais nova, quando se viu sem bolo de anos, e... não me esquecerei! Não me esquecerei do que fiz e do que me estão a fazer. Não se trata de vingança, chama-se equidade.
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