sábado, maio 02, 2009

Encruzilhadas


O Mau é reconhecido pelo instinto numa resposta inconsciente a algo que correu mal. O Bem aprende-se a... confiar, conscientemente.
Talvez (o Mal) nos tolde a razão: "Não há nada que corra bem.","Estou a lutar tanto e não vejo os resultados que queria.","Dou tanto de mim e recebo tão pouco em troca"... E começamos a andar em círculos, sem vontade ou desejo aparente... sem que descubramos porque estamos deprimidos ou angustiados. Direi: é humano, é cíclico e faz parte do processo de aprendizagem. Se se aprende, de facto, algo com isso, depende de cada um de nós.

Contudo, não acho que seja preciso o Mal (Mau) para dar valor às "pequenas" Maravilhas... Será preciso perder alguém para dar valor a quem se tem? Será preciso ser cego para dar valor à visão? Será preciso ser-se odiado para dar valor ao Amor?... Penso que não! Até poder-se-á dizer "Pois, mas dar-se-á mais. Como a pessoa que esteve às portas da morte dá mais valor à vida". Permito-me discordar e...

Relativizo: Já reparamos o quão insignificantes somos perante o Cosmos?... No entanto, todos fazemos parte dele (mais do que poderemos alguma vez imaginar). Seja por que se acredita em Seres Supremos, Darwin ou que somos "Filhos das Estrelas", tudo isso me faz, ao mesmo tempo, perceber que partilhamos de uma consciência colectiva. Reconheço-a em cada molécula do ar, em cada ligação neural, dentro ou fora de mim.

Somos diferentes, é certo. Mas, não é por isso que (quase) todos insistimos em olhar desconfiados para quem nunca nos traiu (seja por Amor ou Amizade)! Essa reacção poderá ser entendida como a "síndrome do iogurte"; Rejeitamos o próximo só porque o anterior estava "estragado". Também estou de acordo que, por vezes o Mal pode vir "disfarçado"... mas, não tomar parte pelo todo (além de frase feita) é por mim entendido como um princípio. Sempre. (relativizei).


Se por um lado chegamos a uma meta a "pulso" - por mérito próprio -, por outro martirizamo-nos pelos objectivos que deixamos de cumprir ou que almejamos e nunca alcançaremos.
No meio de tantas encruzilhadas, eu acho que vale a pena contemplar a beleza do pôr-do-sol e da aurora; Lucrar com os bons resquícios do dia que passou; Caminhar ao lado de alguém que nos é querido. E aí... dentro daquele abraço, perscrutar o passado, dar a mão ao presente e olhar para o futuro com redobrada confiança!

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